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E agora voltar para o que era antes, ou antes o que nunca foi, ou melhor o que seria porventura se tudo não tivesse acontecido depois, a seguir ao que não foi mas devia ter sido…
Dar razão a quem não a tem ou quem luta pela razão sem qualquer sentido não tem lógica mas convences-te que é preciso para aplacar espíritos inquietos, para não ouvir o que nunca se deveria dizer. Responder a inquietudes alheias para espalhar tranquilidades irrequietas, apenas porque sim.
Sentir demais, pensar demais, amar demais, temer demais, cansada demais para aproveitar tudo o que tens em ti… Sinceridades frágeis como sóis de inverno não podem ser espezinhadas impunemente. Porquê deixares-te atingir por balas sombrias de desejo não cumprido, vontades reprimidas por incontroláveis necessidades de pertença solitária, invisível no cimento frio insensível…
Máscaras insondáveis, perguntas deixadas no ar, músicas que não se cantam por vergonha de estranhos que nunca se conhecerão, mãos vazias que deviam estar cheias de alma, dores dificilmente apaziguadas…
Busca de descanso cerebral de corações interligados, simbiótico crescimento adolescente com medo de ser adulto porque os dias se tornam iguais, repetitivos em rotineiras monotonias sem surpresas…
Basta!
Sê criança enquanto podes, don’t go gently into the night*!
*Dylan Thomas

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