profissão de fé

O meu nome é Mónica.
Sou escritora. Sempre fui.
Ser escritora é um cargo de responsabilidade acrescida. Colocamos a nossa alma nas mãos de terceiros para sermos julgados através do que escrevemos. Transpõe-se a fronteira da vergonha e tenta-se, muitas vezes em vão, fazer nascer sentimentos através da conjugação de palavras, com a mestria possível.
Pode-se cair no ridículo interior e público. Ao vermos espelhados as nossas vontades, sonhos, medos, intenções, passados e futuros numa folha de papel ou num ecrã de computador, mesmo que não tenhamos querido escrever uma “biografia”, revelamo-nos a nós mesmos. Com o perigo de gostarmos, ou não, do que vemos.
Por isso escrevo todos os dias. Aqui, para enfrentar de nariz empinado todos esses medos e perigos e ridículos e afins. Bear with me que há de haver dias ou noites em que nada fará sentido, ou será sensaborão, ou será até mesmo ridículo. Mas será qualquer coisa.
E isso já é imenso.

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