Deixo a água quente escorrer-me pelos cabelos, costas, cara, até se afundar nos meus pés. Tento imaginar que cada gota de água que percorre o meu corpo é as tuas mãos, a tua boca, que de cada vez que inspiro é o teu cheiro que sinto... Tenho que me apoiar na parede para não cair, tonta de desejo criado mas não consumado.
Nada disto faz sentido, na realidade. Obrigar seres nómadas a se ancorarem mutuamente é absurdo. Apelo ao meu cérebro para invadir a minha alma, conquistar pensamentos que me afundam e hastear bandeira sobre sentimentos descontrolados.
É inútil...
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