para começar
A angústia citadina não tem fim, sobe com os arranha céus que nos arranham as entranhas sem piedade, cresce como o asfalto que nos pavimenta as perspectivas, limita-nos nos becos e vielas onde nos procuramos sem saber o que buscamos e enfim, bloqueia-nos a consciência do nós no todo, até que não exista nada de nós e nos possamos re-criar de novo todas as manhãs, com o café a escaldar da nova máquina da moda e com os nossos mini objectivos alcançáveis com um murmúrio, um sopro do que podíamos ser e não somos porque subimos com os arranha céus, crescemos com o asfalto e perdemos-nos nos becos, bloqueados de consciência, sem constantes nem desvarios do que seríamos noutro sítio, noutro tempo, noutros olhares.
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